Alguém sabe quando Jesus Virá? Por José Gonçalves “ Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isso aconteça” (Mc.13:30) Há alguns anos reencontrei um irmão em Cristo que há anos eu não o via. Ele acabara de chegar do norte do país, onde fora aventurar uma vida melhor. Fiquei maravilhado com o seu relato do progresso da obra de Deus ali, e espantado com o que ele disse ter ouvido um conhecido conferencista afirmar durante um sermão escatológico. Pois bem, segundo o meu amigo, após pregar um sermão relacionado com a segunda vinda de Cristo, o pregador a fim de demonstrar que Jesus estava mesmo de fato para voltar, solicitou que a pessoa de mais idade dentre os presentes ficasse de pé. Atendendo ao apelo – continuou aquele irmão em seu relato, um senhor pôs-se de pé. Interrogado pelo pregador qual a sua idade, aquele ancião respondeu que havia completado 86 anos. De posse desse dado, o pregador gritou em tom de euforia: “antes que o senhor morra, Jesus Cristo voltará novamente”. Muitos anos se passaram desde que meu amigo relatou-me esse incidente, todavia nunca consegui esquecê-lo. O que leva alguém a fazer uma afirmação ousada como essa? Há fundamentação bíblica para tal? Muitos temas bíblicos são fascinantes, mas nenhum deles mexem tanto com o imaginário popular quanto àqueles relacionados com a Segunda vinda de Cristo. Todavia se formos sinceros e perguntarmos quais temas bíblicos tem gerado confusões, embaraços e até mesmo tragédias dentro do arraial evangélico e fora dele, nenhum deles podem comparar-se com aqueles de natureza escatológica. Como pode uma doutrina bíblica tão bela, como a da Segunda Vinda de Cristo causar tantos mal - entendidos? Examinando o que disseram ou “profetizaram”, os modernos profetas da Segunda Vinda de Cristo, como são conhecidos, é fácil verificar que todos eles tem um elemento em comum em suas escatologias – todos crêem que nós somos de fato a geração do fim. Em palavras mais simples, para esses pregoeiros nós somos a geração que presenciará o cumprimento de todas as predições da Bíblia e com elas o fim do mundo. Que o Senhor Jesus virá outra vez não há dúvidas, vários textos das Escrituras predizem esse fato. É bíblico o cristão estar preparado para o retorno de seu Senhor a qualquer momento (I Ts. 4:13-18, Ap..1:7-8, Mt.25:1-13). Mas quando esses profetas caem na tentação de marcar datas, eles ultrapassam o que está escrito (Mt.24:36). Há muitas passagens bíblicas que servem como texto - prova para esses profetas do dia final, porém o texto de Marcos 13:30 ( e paralelos) é o preferido de todos: “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isso aconteça”( Mc.13:30). Será que somos de fato essa geração da qual o Senhor falou em Mc. 13:30?. Fora do arraial evangélico, as Testemunhas de Jeová não tem dúvidas quanto a isso. Além de afirmarem que somos esta geração, a Torre de Vigia vai mais longe dando até mesmo o ano de 1914 como sendo o início desta geração. Em uma de suas publicações que vendeu milhões de exemplares em todo o mundo, no capítulo intitulado: “Os Últimos Dias Deste Sistema Iníquo de Coisas”, respondendo à pergunta: Quão breve virá a acontecer isso? , dizem “O próprio Filho de Deus, Jesus Cristo, fornece a resposta. Depois de chamar atenção às muitas coisas que assinalam o período desde 1914 como sendo o ´ tempo do fim´, Jesus disse: ´Esta geração de modo algum passará até que todas estas coisas ocorram´. (Mt. 24:34) A que geração se referia? Jesus acabara de mencionar as pessoas que ´veriam todas as coisas´. ´Estas coisas´ são os eventos que ocorreram desde 1914 e que os que ainda ocorreriam até o fim deste sistema iníquo. ( Mt.24:33) Pessoas nascidas há tantos quantos cinqüenta anos atrás não poderiam ver ´todas estas coisas´. Apareceram no cenário só depois de os eventos preditos já terem começado a ocorrer. Mas, ainda há pessoas vivas que viveram em 1914 e viram o que aconteceu então, e que tinham idade suficiente para ainda se lembrarem destes eventos. Esta geração já esta ficando bastante idosa. Um grande número dela já faleceu. No entanto, Jesus disse definitivamente: ´Esta geração de modo algum passará até que todas estas coisas ocorram´. Alguns deles ainda estarão vivos para ver o fim deste sistema iníquo. Isto significa que resta apenas pouco tempo antes de vir o fim! “ Este texto que em anos passados era o chamariz das Testemunhas de Jeová em seu trabalho de proselitismo, hoje tornou-se uma pedra de tropeço para a disseminação de suas heresias. Já encontrei Testemunhas de Jeová da nova geração, que preferem discutir se há vida ou não em Marte que dar explicações sobre o texto acima. Um católico mais radical diria que eles fogem desse texto, assim como o diabo foge da cruz. Não posso acreditar que uma pessoa em sã consciência tenha a ousadia de negar que estamos diante de uma predição que não se cumpriu, portanto um fato documentado de uma falsa profecia. Um fato inaceitável para aqueles que alegam ser os únicos detentores da verdade bíblica. O autor afirma categoricamente que os que haviam nascido há cinqüenta anos atrás (tomando como ponto de partida o ano em que ele escrevia estas linhas) não poderiam ver todas as coisas das quais Jesus falou. Não é preciso muita matemática para entender o que ele quer dizer com todos esses números. Levando-se em conta que esse livro foi publicado originalmente em inglês em 1968, as pessoas nascidas há cinqüenta anos atrás tinham somente quatro anos de idade em 1914, observe 1968 – 50 = 1918 e 1918 – 1914 = 4. A razão dada pela Torre de Vigia para as pessoas que em 1914 tinham quatro anos, não servirem como testemunhas do cumprimento de todas as coisas preditas por Jesus, é que quando elas nasceram, esses eventos já estavam acontecendo, e que eles não tinham idade suficiente para lembrarem-se deles. Com todo esse malabarismo exegético, as Testemunhas de Jeová complicaram-se ainda mais. Segundo David Reed (Ex – Testemunha de Jeová), a Torre de Vigia em algumas de suas publicações mais antigas, sugeria para aqueles que em 1914 tinham maturidade suficiente para se lembrarem de todos os eventos iniciado naquele ano, a idade de 15 anos. Ora, quem em 1914 tinha quinze anos, estaria hoje (se ainda for vivo!!) com 101 anos!!!. Não há dúvidas que essa “profecia” das Testemunhas de Jeová é hoje um monumento à fantasia. Faltaria nos espaço para catalogarmos todas as heresias surgidas por conta de uma má compreensão desse texto. Em setembro de1992 recebi um panfleto de um irmão recém chegado do sul do pais, que impressionou-me pela sua ousadia. Nele se lê: “A Bíblia compara Israel com uma figueira freqüentemente. Como um sinal de destruição contra Israel, Jesus amaldiçoou uma figueira sem frutos, e ela se secou ( Mt. 21:18). A Figueira renovando suas folhas indica o ressurgimento de Israel, um evento milagroso que ocorreu em 14 de maio de 1948. No espaço de uma geração, a profecia do fim dos tempos tem que ser cumprida. Tirando a média desde Abraão até Jesus, o rev. Jack Van Impe calculou uma geração como sendo 51 anos. Subtraindo os 7 anos da Grande Tribulação, o Arrebatamento deverá ocorrer por volta de ...1992! Amigos, vocês vêem o quão iminente a sua vinda é? Recebi esse panfleto com toda naturalidade, não tinha dúvidas que estava diante de mais uma falsa profecia, de fato o Jornal Nacional noticiou pouco tempo depois, a confusão que estava acontecendo na Coréia por conta das predições do falso profeta Bang-Ik Há não terem se cumprido. O arrebatamento não ocorreu em 1992, nem tampouco Jesus Cristo retornou naquele ano. O vírus da falsa predição não atingiu somente o arraial das seitas heréticas, alguns pregadores evangélicos (que felizmente não representam o pensamento do protestantismo histórico), também não resistiram à tentação de fazer previsões. O fascínio em identificar a geração a qual o Senhor Jesus se referiu com a sociedade hodierna, levou o escritor Hal Lindsey a escrever: Quando os sinais dados aí começarem a se multiplicar e crescer em seu alcance, darão a certeza igual à das folhas brotando da figueira. Contudo, o sinal mais importante em Mateus deverá ser a restauração dos judeus à sua terra no renascimento de Israel. Mesmo “figueira”, como figura de linguagem, tem sido um símbolo histórico de Israel como nação. Quando o povo judeu, depois de quase 2000 anos de exílio, debaixo de perseguição sem trégua, veio a ser de novo uma nação, em 14 de maio de 1948, a “figueira” brotou suas primeiras folhas. Jesus disse que isto seria indício de que Ele estava “às portas”, pronto para voltar. Depois afirmou, “ Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça” ( Mt. 24:34) Que geração? Obviamente, pelo contexto, a geração que veria os sinais – o principal deles o renascimento de Israel. Uma geração, na Bíblia, é algo como quarenta anos. Se esta dedução é correta, então dentro de quarenta anos mais ou menos, a partir de 1948, todas estas coisas poderão acontecer”. Se não fiz os cálculos errados, segundo Lindsey ( que em seu livro chega a fazer até mapas mostrando como se daria a invasão de Israel pela extinta União Soviética), Jesus deveria ter voltado em 1988 !. Mais uma bravata. As Testemunhas de Jeová (apesar de todas as evidencias históricas contrárias), não desistem da lendária data de 1914, como sendo o início da contagem regressiva para o fim do mundo, para Bang- Ik Há e Lindsey é 1948, sendo que os dois divergem quanto a tempo certo da duração de uma geração. Para este é 40 anos, para aquele 51 anos. A história encarregou-se de provar que ambos estavam equivocados. Mas se você pensa que esgotou-se o esforço dos profetas de hoje em enquadrarem-se na geração do fim, enganou-se. Observe esta citação: “Não passará esta geração até que o resta se cumpra. Que geração? A geração que começou no dia sete de junho de 67. Quanto dura uma geração? Quarenta anos (...) Uma geração, contando de 67, vai até quando? 2007. Faltam quantos anos para completar uma geração desde a restauração de Jerusalém? 17 anos. A maioria esmagadora das promessas proféticas dentro da Bíblia diz respeito a uma geração que estaria viva quando Israel fosse restaurado. E que geração é esta? Nós somos esta geração”. Para chegarem as datas de 1914, 1948 e 1967, esses profetas fazem uma verdadeira obra de engenharia com os números. Quando leio afirmações como as supracitadas, me vem a mente o que disse o grande humanista Erasmo de Roterdam no seu clássico Elogio da Loucura, onde satiriza a mistificação do cristianismo de seus dias. Ali escreveu ele em 1509 : “Ouvi um outro (pregador), este octogenário, e tão bom teólogo que teríeis acreditado ser Scot ressuscitado. Tendo de explicar o mistério do nome de Jesus, demonstrou com admirável sutileza que as letras dessa palavra contêm tudo o se pode dizer do próprio Jesus. Sua terminação na declinação latina muda em três casos, o que é o símbolo evidente da Trindade Divina. A primeira forma Jesus, termina em s a Segunda, jesum, em m, a terceira, jesu, em u, o que oculta um inefável mistério: essas três letrinhas indicam, de fato, que Jesus é o começo (summum), o meio (medium) e o fim (ultimum). Elas encerram um segredo mais profundo ainda, pertencente ao domínio das matemáticas. O orador dividiu o nome de Jesus em duas partes iguais, isolando a letra s que fica no meio; mostrou que esta letra é a que os hebreus chamam syn, palavra que, em língua escocesa, creio significa pecado; daí concluiu que, com toda evidência, Jesus devia tirar os pecados do mundo!.” A crítica de Erasmo contra a mistificação e banalização do cristianismo continua sendo atual. A propósito, onde nesse texto Jesus referiu-se aos anos de 1914, 1948 e 1967?. Já fiz um esforço enorme tentando encontrar indícios destas datas no texto bíblico, mas não obtive êxito, você as achou? O problema com a interpretação dada pelos profetas modernos ao texto de Mc. 13:30, é que todas elas são a-históricas. Em outras palavras elas excluem desse texto todas outras gerações para começarem a contagem regressiva do tempo final somente a partir dos anos de 1914, 1948 ou 1967 (do jeito que a coisa vai, é possível que alguém já tenha uma data mais nova!!!). Não é crível pensarmos que esse texto insinue haver esse tipo de buraco histórico, como nos querem fazer acreditar essas predições, como se a história tivesse perdido a sua continuidade, vindo a recuperá-la somente nesse século. Isso se torna mais problemático, quando verificamos que esses profetas fazem vista grossa a um fato histórico testemunhado pela geração que ouviu as palavras registradas em Mc.13:30 - a destruição de Jerusalém no ano 70 pelo exército romano. Os eruditos tem procurado evitar esse corte na história. A.T. Robertson ao comentar sobre o significado do termo “esta geração”, diz: “naturalmente as pessoas quando viviam” e cita Plummer como uma síntese de várias interpretações: “A referência, portanto, é a respeito da destruição de Jerusalém como um tipo do fim do mundo” O comentário bíblico Broadman avança um pouco mais ao afirmar: “Esta geração refere-se aos contemporâneo de Jesus, como a referência 11:16 e outros textos (...) A interpretação mais difícil é a que parece a mais natural aqui: a referência ao fim dos tempos. Desta forma, haveria uma referência dupla: primeiro à destruição de Jerusalém, e depois ao juízo do fim do mundo, que aquela prefigurava”. Para esse comentário, o problema da continuidade histórica seria resolvido à luz do de Mt.24:36, onde Jesus (como homem) nega saber o tempo do fim, afirmando apenas o fato da sua proximidade. É evidente que aqui não pretendo ser dogmático, insinuando ter descoberto a pólvora ( no dizer do Pr. Silas Malafaia), mas quando se leva em conta os princípios histórico e gramatical de interpretação, o significado desse texto parece ficar mais próximo do original. Em sua excelente gramática de grego, William D. Mounce, Ph.D, professor de grego na Azusa Pacific University, no estado da Califórnia – Estados Unidos da América, cita um artigo de Royce Gordon Gruenler que lança luz sobre o significado dessa passagem. Gruenler mostra que o tempo verbal grego usado nesse texto é o aoristo, ele explica que o aoristo é um tempo indefinido que expressa somente o fato da ação sem especificar a sua duração. A fim de entendermos melhor o que Gruenler diz sobre o sentido do aoristo nesse texto, vejamos o comentário esclarecedor do Dr. Dana sobre a significação desse tempo verbal: “Ao mesmo tempo em que o aoristo olha uma ação como um todo, pode contemplá-la por ângulos diferentes. Pode considerar a ação em sua totalidade, a qual nós chamamos de aoristo constativo; A ação pode ser considerada do ponto de vista de sua iniciação, a qual chamamos de aoristo ingressivo. Quando a ação é vista em seus resultados, a denominamos de aoristo de culminação.” Vamos, pois ao comentário de Gruenler: “Estes aspectos de indefinição do aoristo pode lançar luz sobre as enigmáticas palavras de Jesus em seu sermão do monte das oliveiras. (Marcos 13:30 e paralelos). “ Na verdade vos digo, que não passará esta geração sem que todas essa coisas genhtai (genetai – aconteçam). A dificuldade está no fato de Jesus já ter descrito o final do mundo no v.24, em termos vívidos do sol e da lua não dando a sua claridade, as estrelas caindo do céu , e os corpos celestes sendo abalados. A menos que a expressão “esta geração” ( h genea auth - he genea haute) seja estendida para incluir toda a era desde a primeira a até a segunda vinda de Cristo (uma ponto de vista pouco provável), o aoristo genhtai (genetai) precisa prover um caminho. Se nós vermos o verbo como um aoristo ingressivo e o traduzirmos a partir da ação iniciada, o texto pode ser traduzido da seguinte forma: “Na verdade vos digo, que não passará esta geração sem que todas essas coisas comecem a acontecer”. Continuando, diz Gruenler “Este mesmo tipo de aoristo pode ser também visto nas palavras do anjo Gabriel a Zacarias (Lc. 1:20): “e agora ficarás mudo e não serás capaz de falar até o dia genetai tauta ( genetai taute - em que essas coisas aconteçam).Não somente o nascimento, mas o ministério adulto de João Batista é profetizado pelo anjo Gabriel, vv.13-17 (...) Conseqüentemente, o v.20 forçosamente deve ser traduzido, “e agora ficarás mudo e não serás capaz de falar até o dia que essas coisas começarem a acontecer” (MOUNCE, William D. Basics of Biblical Greek – Grammar. Zondervam Publishing House. Grand Rapids, Michigan. U.S.A) Gruenler argumenta com muita propriedade, que nos versículos 62-64 encontramos Zacarias voltando a falar quando João ainda era um bebê, portanto quando os eventos preditos pelo anjo Gabriel (v.13-17) começaram a acontecer, e não quando eles aconteceram em sua totalidade como dão a entender muitas versões bíblicas. Robertson em A Grammar of the Greek New Testament in the Light of Historical Research, pg.834 ( uma Gramática do Novo Testamento Grego a luz da investigação histórica), alista várias ocorrências desse tipo de tempo verbal no NT. Mas creio que esses exemplos dados por Gruenler, são suficientes para constatarmos que esta interpretação se ajusta melhor ao espírito das Escrituras, bem como ao contexto histórico - gramatical. A final, a qual geração Jesus estava se referindo? O contexto não deixa dúvidas de que o Salvador referia-se à geração de seus dias, que testemunharia o começo do cumprimento de suas predições. De fato no ano 70 d.C, aquela geração presenciou a destruição de Jerusalém, uma das grandes tragédias na história de Israel. Ali estava uma prova de que os acontecimentos preditos pelo Senhor Jesus com respeito ao fim do mundo terão o seu fiel cumprimento. Aquela geração testemunhou apenas o começo deles. Se alguém tem compulsão pelas coisas futuras, e tem engatilhada uma nova predição envolvendo datas, pronto a dispará-la a qualquer momento por que não pode resistir ao “espírito” da profecia, é bom observar primeiro essas duas advertências bíblicas antes do “Assim diz o Senhor”. “Sabe que quando esse profeta falar, em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir nem suceder, como profetizou, esta é a palavra que o Senhor não disse; com soberba a falou o tal profeta: não tenhas temor dele” (Dt. 18:22) . E “os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas.” (I Cor. 14:32). Maranata – Vem Senhor Jesus!
Autor: Pr. José Gonçalves
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