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Jesus está voltando!!!

Porque ainda um poucochinho de tempo, e o que há de vir virá e não tardará.(Hb.10:37)

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On quinta-feira, 24 de junho de 2010 6 comentários






"Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.13-18).

Primeira certeza: Os Mortos Não Estão Mortos

"Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem" (v.14).

       Esta certeza consiste em três partes:
  • No Novo Testamento, a ressurreição se refere principalmente ao corpo 
       O "dormir" dos crentes ou a expressão "os que dormem" dizem respeito aos corpos dos cristãos (At 13.36-37; Rm 8.10-11,23; 1 Co 15.35-46). A Bíblia não ensina o "sono" da alma! Por exemplo, o homem rico e Lázaro, depois que morreram, estavam respectivamente no reino dos mortos (hades) e no paraíso, mas absolutamente conscientes (Lc 16.19-31).
       O corpo, que deixamos por ocasião da morte, "dorme"; mas o espírito do crente – sua personalidade, seu ser, sua consciência – encontra-se com Cristo a partir do momento da morte. O apóstolo Paulo estava totalmente convicto dessa realidade, motivo porque escreveu:

"...tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor" (Fp 1.23).

       Quando os saduceus discutiram com Jesus acerca da ressurreição dos mortos, Ele lhes disse:

"E, quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou (Êx 3.6): Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos" (Mt 22.31-32).

       O Senhor Jesus Cristo diz: 

"Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente..." (Jo 11.25-26).

       Em João 8.51 Ele também acentua: 

"...se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente."   João 8.51

       Se bem que o corpo adormece, o espírito daquele que crê em Jesus continua vivendo.
       Em 2 Coríntios 5.8 está escrito que "deixar o corpo" significa ao mesmo tempo "habitar com o Senhor". Em outras palavras: assim que deixamos o corpo estamos com Cristo.
       Romanos 8.10 se refere a uma verdade espiritual que já aconteceu, mas por outro lado essa verdade também se aplica ao futuro após a morte:

"Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça."   Romanos 8.10

       Em 1 Tessalonicenses 4.16 lemos acerca dos "mortos em Cristo". Uma vez que Jesus ressuscitou e vive, também vivem todos os que dormiram nEle. Espiritualmente eles estão em Cristo e vivem com Cristo ("Pois a nossa pátria está nos céus" – (Fp 3.20), fisicamente eles serão ressuscitados.
  • A esperança de estar com Cristo
       Mas a realidade é ainda mais maravilhosa, e isso também faz parte da certeza da salvação e do arrebatamento. Como cristãos, não dizemos por acaso: "O Senhor levou tal irmão ou tal irmã". Realmente é verdade que um cristão é buscado por Jesus, enquanto um não-crente é levado pela morte. A Igreja de Jesus não verá a morte: 

"Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança" (1 Ts 4.13).

       Os outros estão fora (v.12), não estão em Cristo!
       O versículo 14 trata dos que dormem em Jesus: 

"Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem." Isso fica mais claro na Edição Revista e Corrigida: "Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele".   1 Ts 4.14

       Os cristãos que morreram foram postos para dormir por Jesus, assim como uma mãe ou um pai põem seus filhos para dormir à noite. Isso significa na prática: quando um crente morre, ele é buscado por Jesus, e assim não verá a morte. Estou convicto de que o Senhor está presente na morte de cada um de Seus filhos, para levá-los para junto de Si.
  • A garantia de que os mortos virão com Cristo
       A promessa de que Deus, "mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem" é uma afirmação revolucionária. É importante observar que não está escrito: "trará para Ele", mas "trará, em sua companhia", ou seja, "trará com Ele". O próprio Senhor comunica ao apóstolo – e assim a toda a Igreja – que os mortos em Cristo não serão prejudicados de modo algum, mas que até terão a primazia.
       Quando voltar, Jesus trará consigo os que morreram nEle, pois eles já estão com Ele (1 Ts 4.14-15), e ressuscitará seus corpos mortos em primeiro lugar (v.16). Somente depois disso acontecerá a transformação dos crentes ainda vivos, e então eles serão arrebatados juntos ao encontro do Senhor (v.17).
       Examinemos o versículo 14 em duas outras versões:

"Visto que nós cremos que Jesus morreu e depois voltou à vida, podemos também crer que, quando Jesus voltar, Deus trará de volta com Ele todos os cristãos que já morreram" (A Bíblia Viva).

"Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele" (Edição Revista e Corrigida).

       Portanto, isso significa simplesmente que os trazidos com Jesus em Sua vinda são os espíritos sem corpo dos que morreram em Cristo. Primeiro, seus corpos serão ressuscitados e juntados aos espíritos. Depois os crentes vivos serão transformados e toda a Igreja será levada para o céu com Jesus.
       O fundamento dessa esperança de ressurreição foi criado exclusivamente por Jesus através da Sua morte e ressurreição. Disso consiste a força e o poder da ressurreição. Agora, o que importa é se cremos na Sua morte e ressurreição (v.14). Certa vez Jesus perguntou aos Seus discípulos: "Quem dizeis (ou crêdes) que eu sou?" (Mt 16.15). Então Pedro deu a única resposta certa: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (v.16). Na sua opinião, quem é Jesus?
Segunda certeza: O Senhor Voltará Pessoalmente

"Porquanto o Senhor mesmo... descerá dos céus..."(1 Ts 4.16).

       A ressurreição/o arrebatamento será o momento em que o Senhor Jesus deixará Seu trono no céu e virá pessoalmente ao encontro da Sua Igreja a fim de levá-la para a casa do Pai. Assim como um noivo vai ao encontro da sua noiva, o Salvador virá ao encontro dos que comprou pelo Seu sangue e os conduzirá para Sua glória.
       O Senhor não enviará um anjo ou qualquer outro emissário para fazer isso, Ele virá pessoalmente. Então se cumprirá literalmente a promessa de João 14.3: 

"E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também."  João 14.3

       Assim como Ele em pessoa nos salvou e morreu na cruz por nós, assim como Ele mesmo foi preparar-nos lugar – Ele voltará pessoalmente para buscar-nos para Si, para que estejamos onde Ele está. Em inúmeras passagens do Novo Testamento somos conclamados a esperar a volta de Jesus a qualquer momento (por exemplo, em 1 Co 11.26; 1 Ts 1.10; Hb 10.37).
Terceira certeza: A Palavra de Ordem

"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Ts 4.16). A Edição Revista e Corrigida diz: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro".

       Segundo meu entendimento, o próprio Senhor dará esta palavra de ordem, pois Ele é o Soberano a quem todos os exércitos celestiais obedecem. Isso é indicado nas seguintes passagens:

"Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que todos os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão" (Jo 5.25).

       Jesus, o Bom Pastor, também disse: 

"As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão" (Jo 10.27-28).

       Você já é uma ovelha do rebanho de Jesus? A resposta a essa pergunta tem importância decisiva em relação à eternidade. Você já tem um relacionamento pessoal com Jesus, por tê-lO recebido em sua vida (Jo 1.12)? Você pode dizer com certeza que é um filho de Deus? Se não o pode, pedimos que você dê esse passo decisivo ainda hoje!

  • Quando o Senhor Jesus ressuscitou a Lázaro, lemos que Ele clamou dando uma ordem:

"...(Jesus) clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora!" (Jo 11.43).

       Devemos imaginar o seguinte: no decorrer dos tempos, milhões de pessoas crentes no Senhor Jesus dormiram, ou seja, faleceram. Aí chega a hora do arrebatamento. O Senhor se levanta do Seu trono e clama: "Vem para fora!" Então as sepulturas se abrirão, e nenhum dos que foram comprados pelo Seu sangue ficará para trás. Não importa se seus corpos foram queimados, se morreram contaminados por radiação nuclear ou se estão nas profundezas dos mares – Ele é o Criador, Ele os ressuscitará e os conduzirá ao encontro de seus espíritos/almas.

  • No Salmo 33.9 está escrito acerca dEle, o Filho do Altíssimo:

"Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir" (compare também Is 55.4).

       Essa "palavra de ordem" do Senhor vem da linguagem militar. Ela é semelhante à voz de comando de um general que chama suas tropas para o combate. Por ocasião do arrebatamento, o General celestial dará ordem às tropas que lutam por Ele, que deveriam estar revestidas de toda a armadura espiritual (Ef 6.11ss), para que deixem o campo de batalha sobre a terra e venham com Ele para a Sua glória.
Quarta certeza: A Voz do Arcanjo

"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Ts 4.16).

       A designação "arcanjo" se aplica a apenas um anjo na Bíblia, isto é, a Miguel: "Contudo, o arcanjo Miguel..." (Jd 9). Miguel significa "Quem é como Deus?" Este anjo é um dos mais importantes em hierarquia (Dn 10.13).
       No tempo de Daniel, Miguel lutou contra um príncipe dos demônios no mundo celestial e veio ajudar Gabriel, para que este pudesse confirmar a Daniel que suas orações haviam sido atendidas (Dn 10.12-14 e 21). Anteriormente este arcanjo também lutou com Satanás pelo corpo de Moisés: 

"Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o Diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo difamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda!" (Jd 9).

       No final, Miguel e seus exércitos de anjos lutarão contra os exércitos de demônios de Satanás, os vencerão e lançarão sobre a terra para que não tenham mais acesso ao céu (Ap 12.7-9).
       Por que se ouvirá a voz do arcanjo Miguel no momento do arrebatamento? Por que e para que ele levantará a sua voz – após a palavra de ordem do Senhor para o arrebatamento? A chave ou a resposta para isso está nas significativas palavras do arcanjo Gabriel ao judeu Daniel: 

"Mas eu te declararei o que está expresso na escritura da verdade; e ninguém há que esteja ao meu lado contra aqueles, a não ser Miguel, vosso príncipe" (Dn 10.21).

       Este arcanjo intervém de modo especial em favor do povo de Israel:

"Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo..." (Dn 12.1).

       Devemos lembrar que no momento em que o Senhor Jesus Cristo der a ordem para a ressurreição e para o arrebatamento da Sua Igreja, a dispensação da graça terminará. Então o "corpo de Cristo" estará completo, então o Pentecoste em sentido inverso (a retirada do Espírito Santo) acontecerá e a Igreja será levada para o céu.
       Depois disso será restabelecida novamente uma espécie de "situação do Antigo Testamento" – a conexão entre a 69ª e a 70ª semana de anos de Daniel. Lembremo-nos apenas do quinto selo e daqueles na Grande Tribulação 

"...que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?" (Ap 6.9-10).

       Conforme meu entendimento, estes não pertencem à Igreja, pois verdadeiros discípulos de Jesus não pedem vingança. Pelo contrário. Ao morrer apedrejado pelos fariseus e escribas, Estevão clamou: 

‘Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu" (At 7.59-60).

       Quanto às condições típicas do Antigo Testamento durante a Grande Tribulação, lembremos também das duas testemunhas, que farão milagres, ferirão a terra com toda sorte de flagelos e farão sair fogo das suas bocas para devorar os inimigos (Ap 11.3-6; compare também Lc 9.54-55).
       A Igreja de Jesus era um mistério, ela foi inserida por Deus entre a 69ª e a 70ª semana de anos de Daniel. Depois que ela for arrebatada, começará a 70ª semana de anos (ligada à 69ª semana) de Daniel 9. Enquanto a Igreja estiver na casa do Pai celestial, o mundo e Israel entrarão na Grande Tribulação. Assim, o povo judeu passará outra vez inteiramente para o centro da ação de Deus. Por isso o príncipe angélico de Israel entrará novamente em ação (como no caso de Daniel), e levantará a sua voz. Para quê? Em favor do povo de Israel: 

"Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro" (Dn 12.1).

       "Naquele tempo" significa: quando a Igreja tiver sido arrebatada, o anticristo tiver aparecido e a Grande Tribulação tiver começado, o arcanjo Miguel intervirá em favor do povo de Israel, pois então começará a salvação do remanescente de Israel: 

"Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno. Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente. Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará... Muitos serão purificados, embranquecidos e provados; mas os perversos procederão perversamente, e nenhum deles entenderá, mas os sábios entenderão" (Dn 12.2-4 e 10).

       A voz do arcanjo em geral também é entendida como uma chamada coletiva de reunião e recolhimento dos santos do Antigo Testamento.
       Atualmente muitos israelitas já chegaram ao conhecimento mais elevado que existe: eles creram em Jesus Cristo, o seu Messias! E o próprio Senhor acrescenta sempre mais judeus à Sua Igreja, como se conclui pelo seguinte relato:
  • Cinco pessoas foram batizadas em outubro. Shalom e Ora, um jovem casal israelense, e duas filhas converteram-se através de sua vizinha, que freqüenta regularmente a igreja. "É algo especial", escreve John Pex, "quando jovens judeus reconhecem o seu Messias – principalmente quando um casal se converte e é batizado".
  • A loja da Sociedade Bíblica em Tel Aviv está muito bem localizada e é visitada por muitos israelenses. Andy Ball, seu diretor, relata o exemplo de uma mulher ortodoxa que comprou um Novo Testamento na loja: ela queria conhecer a fé cristã em primeira mão. Uma funcionária do governo queria um Antigo Testamento em árabe para outra pessoa e nessa oportunidade comprou um Novo Testamento para si própria. A loja bíblica também abastece outras casas de comércio, universidades e hotéis com Novos Testamentos, livros e artigos cristãos... (Amzi 3/98)
      
       Ao profeta Daniel foi ordenado: 

"Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará."

       Que tipo de saber se multiplicará? Resposta: cada vez mais judeus reconhecerão que Jesus é o Messias. Já observamos o início disso hoje em dia. O número de membros das igreja judaico-messiânicas multiplicou-se por 10 nos últimos 30 anos!
       Mas, voltando à voz do arcanjo: podemos imaginar que Miguel acompanhará o Senhor quando Ele vier buscar a Sua Igreja. A Bíblia Viva diz: 

"Pois o próprio Senhor descerá do céu com um potente clamor, com o vibrante brado do arcanjo e com o vigoroso toque de trombeta de Deus" (1 Ts 4.16).

       Evidentemente o Senhor não teria necessidade desse acompanhamento, mas parece que o arcanjo Miguel é o guerreiro que atua nos ares contra Satanás (Daniel 10), e como Israel terá entrado em cena novamente, o arcanjo intervirá lutando em favor do povo da aliança de Deus.
       O arrebatamento da Igreja de Jesus (toda pessoa salva, seja judeu ou gentio, será retirada da terra) provocará um golpe repentino, dramático e inimaginável na história da humanidade que ficará para trás. Esse acontecimento revolucionário desencadeará uma série de outros acontecimentos subseqüentes. Queremos destacar um deles:
Em Israel Irromperá um Avivamento
       Romanos 11.25 diz de maneira bem clara:

"Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não sejais presumidos em vós mesmos): que veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios (na Igreja de Jesus)."  Romanos 11.25

       Quando a plenitude dos gentios (das nações) tiver entrado no "corpo de Cristo", ele será levado para o céu. Aí terminará o endurecimento de Israel, sua cegueira acabará.
       Então muitos judeus chegarão ao saber de Daniel 12.4, entendendo que o Senhor Jesus é o seu Messias. É muito provável que nos dias após o arrebatamento milhares e milhares de judeus se converterão a Jesus, à semelhança do que aconteceu no começo da Igreja no livro de Atos. Então brotará e nascerá a semente do Evangelho espalhada oralmente e de forma impressa pelos judeus messiânicos, que nesse tempo também terão sido arrebatados. Os que ficarem para trás, familiares, amigos, colegas, etc., procurarão Bíblias, livros e outras publicações cristãs deixadas pelos arrebatados. Eles se lembrarão daquilo que leram e ouviram, de comentários bíblicos e pregações sobre a esperança pelo Messias. Essa esperança já germina atualmente no coração de muitos judeus.
       Depois do arrebatamento aparecerão também os 144.000 selados de Israel (Ap 7.4-8) e as duas testemunhas (Ap 11.3ss). Cada vez mais judeus se converterão e levarão o Evangelho ao seu próprio povo e aos gentios. Nisto os judeus terão uma grande vantagem, pelo fato de terem sido espalhados por todo o mundo e dominarem muitas línguas diferentes.
       Mas, para sermos exatos, devemos dizer também que nem todos os judeus se converterão. Muitos, especialmente os ligados ao governo, farão a aliança com o anticristo, isto é, com o líder romano [europeu] (Dn 9.26-27; Ap 13.1; Is 28.14-16). Quando fala desse tempo, também Daniel diz que muitos serão purificados (converter-se-ão), mas muitos permanecerão ímpios; que muitos entenderão, mas muitos outros não entenderão (Dn 12.10). Apenas um remanescente será salvo, como se vê claramente em outras passagens das Escrituras (por exemplo, em Rm 9.27; Ez 20.33-38). Mas atrás de todo esse remanescente crente se colocará o arcanjo Miguel como príncipe de Israel. No arrebatamento ele levantará a sua voz, porque terá chegado sua hora para agir em favor do remanescente de Israel.
       Como vimos, em nossos dias muitos israelitas estão crendo no seu Messias, em Jesus Cristo. Será que o Senhor está preparando o Seu povo para o arrebatamento e a Grande Tribulação? Será que Ele o faz porque a hora já está muito adiantada?
Quinta certeza: A Trombeta de Deus

"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Ts 4.16).

        A trombeta de Deus aqui mencionada é a mesma de 1 Coríntios 15.52: 

"...num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados."  1 Coríntios 15.52

      Esta trombeta de Deus chamará todos os santos de todos os tempos para a casa do Pai.
       Por que ela é chamada de "última trombeta"? Porque então a dispensação da graça chegará ao fim. A dispensação da anunciação do Evangelho da graça começou com uma "trombeta" e terminará com uma trombeta. Por que ela começou com uma "trombeta"? Porque podemos dizer que a pregação do Evangelho "repercutiu", "ressoou" ou foi "trombeteada". Por exemplo, a frase: "Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor..." (1 Ts 1.8), significa literalmente: "porque vocês trombetearam a palavra do Senhor". Em Romanos 10.18 está escrito:

"Mas pergunto: Porventura, não ouviram? Sim, por certo: Por toda a terra se fez ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo."   Romanos 10.18

       A trombeta do Evangelho conclamando para a salvação em Jesus Cristo ressoou por quase dois mil anos. Em breve se ouvirá a última trombeta, o Evangelho deixará de ser pregado, a dispensação da graça chegará ao fim e a Igreja estará concluída, a sua plenitude terá sido alcançada. A Igreja será chamada para subir à casa do Pai.
       Em que será que pensaram os tessalonicences, que em grande parte eram judeus, quando Paulo escreveu sobre a trombeta? O Apocalipse ainda não existia, portanto eles ainda não sabiam nada sobre as sete trombetas de juízo ali descritas. Por isso, certamente eles pensaram na trombeta da salvação de Números 10.2-10. Nesse trecho do Antigo Testamento são mencionadas duas trombetas que eram tocadas em certas ocasiões. A ordem de Deus dizia:

"Faze duas trombetas de prata; de obra batida as farás; servir-te-ão para convocares a congregação e para a partida dos arraiais" (Nm 10.2).

      Por um lado, portanto, estas trombetas de prata eram tocadas para convocar, chamar, juntar e reunir, e por outro lado para levantar acampamento e partir. Isso não tem sentido profético? Convocação (chamamento) = pregação do Evangelho para vir a Jesus ("muitos são chamados..."), até que a plenitude estiver reunida. Partida = ressurreição/arrebatamento para a casa do Pai.
       É interessante verificar que essas trombetas deviam ser confeccionadas de prata. Que prata era usada para essa finalidade? O siclo de prata do resgate [salvação] (Êx 30.12-13). Esses siclos eram dados como pagamento de resgate pela vida dos israelitas, para que não houvesse entre eles nenhuma praga. Isso também nos faz lembrar das 30 moedas de prata que foram pagas pela prisão do Senhor Jesus, que obteve a nossa salvação na cruz.
       As diferentes maneiras de tocar as trombetas significavam, entre outras coisas, o seguinte:
  • Quando as duas trombetas eram tocadas de maneira normal, isso servia para o chamamento e ajuntamento de toda a congregação na porta da tenda da congregação (Nm 10.3) = um chamamento para salvação.
  • Quando as trombetas eram tocadas a rebate, fortemente, como "sinal de alarme", isso indicava a ordem para partir. O último toque da trombeta era o sinal para juntar os pertences e partir = uma maravilhosa ilustração do arrebatamento.

       Agora ainda ressoa a trombeta do Evangelho para chamamento e ajuntamento. Mas quando for tocada a última trombeta de Deus como "sinal de alarme" para o arrebatamento, ao mesmo tempo isto será um sinal para o ajuntamento de Israel, porque então terá chegado o tempo do seu salvamento. É o que se conclui de Números 10.9:

"Quando, na vossa terra, sairdes a pelejar contra os opressores que vos apertam, também tocareis as trombetas a rebate, e perante o SENHOR, vosso Deus, haverá lembrança de vós, e sereis salvos de vossos inimigos."  Números 10.9

       Depois do arrebatamento virá o opressor, o anticristo, mas o Senhor se lembrará de Israel e no final salvará o Seu povo. Isaías 27.12-13 anuncia isso de maneira muito bonita:

"Naquele dia, em que o SENHOR debulhará o seu cereal desde o Eufrates até ao ribeiro do Egito; e vós, ó filhos de Israel, sereis colhidos um a um. Naquele dia, se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria e os que forem desterrados para a terra do Egito tornarão a vir e adorarão ao SENHOR no monte santo de Jerusalém."   Isaías 27.12-13

       Pelos motivos já mencionados e os que vamos acrescentar, a trombeta de Deus para o arrebatamento, segundo o meu entendimento, não equivale às sete trombetas do Apocalipse (capítulos 8-11).
• A trombeta de Deus para o arrebatamento anuncia a conclusão da era da graça. Trata-se da trombeta da salvação. No seu som temos a salvação, o perdão e a vitória do Evangelho. Ela ressoa principalmente para a Igreja, mas também para Israel, no sentido de que então o remanescente será reunido.
• As trombetas tocadas pelos anjos em Apocalipse, entretanto, são todas trombetas de juízo sobre o mundo das nações que rejeitou a Cristo. Além disso, os vinte e quatro anciãos (a Igreja, veja Ap 4.9-11) já se encontram no céu por ocasião da sétima trombeta e anunciam a volta de Jesus e Seu reino (Ap 11.15-17ss).
• É muito interessante observar que outras traduções de 1 Tesalonisences 4.16, por exemplo a Edição Corrigida e Revisada, dizem: "...Porque o mesmo Senhor descerá do céu... com a trombeta de Deus...". Isto quer dizer que o próprio Senhor – como Sumo Sacerdote da Sua Igreja – tocará a trombeta, porque ela estará na Sua mão. Ele mesmo chamará os Seus para casa. Ele mesmo dará a ordem e o sinal para a retirada da Sua Igreja. Segundo o meu entendimento, isso também é o mais provável, pois a trombeta é chamada de "trombeta de Deus", e Jesus Cristo é Deus (Tt 2.13; 1 Jo 5.20). Por que não seria o Salvador que haveria de chamar os Seus salvos? Aliás, no Antigo Testamento apenas os sacerdotes podiam tocar as trombetas. E Jesus é o Sumo Sacerdote, não um anjo qualquer. As sete trombetas de juízo (Ap 8.6-9,12; 11.15) são empunhadas e tocadas por anjos. Por isso, deve haver uma diferença entre a trombeta do arrebatamento e as sete trombetas de juízo.
Sexta certeza: Ressurreição e Arrebatamento

"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor" (1 Ts 4.16-17).

       Não se trata aqui de uma ressurreição geral. Somente os mortos em Cristo e os vivos em Cristo serão ressuscitados ou transformados. Todos os demais mortos permanecerão nas suas sepulturas até o dia do juízo final. O que é descrito aqui é uma ressurreição seletiva dentre os mortos e realmente diz respeito somente àqueles que estão em Cristo.
      Em João 5.28-29 o Senhor mencionou duas diferentes ressurreições: 

"Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo."  João 5.28-29

         E quando Jesus desceu do monte com Seus discípulos depois da Sua transfiguração, Ele lhes disse algo que muito os admirou e que até então eles ainda não tinham ouvido. Trata-se de uma expressão totalmente nova em relação ao arrebatamento:

"Ao descerem do monte, ordenou-lhes Jesus que não divulgassem as coisas que tinham visto, até o dia em que o Filho do Homem ressuscitasse dentre os mortos. Eles guardaram a recomendação, perguntando uns aos outros que seria o ressuscitar dentre os mortos?" (Mc 9.9-10).

       Jesus foi o primeiro que ressuscitou dentre os mortos (At 26.23; Cl 1.18; 1 Co 15.20). Também 1 Coríntios 15.23 fala disso: 

"Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda."  1 Coríntios 15.23

       Esta afirmação, em conexão com 1 Tessalonicences 4.16, explica que todos os que estão em Cristo ressuscitarão dentre os mortos. Esta é a chamada "primeira ressurreição" (Ap 20.5-6). As outras pessoas, as que não estavam em Jesus, que não pertenciam a Ele pela fé salvadora e, assim, não tinham um relacionamento pessoal com Ele, serão ressuscitadas mil anos mais tarde e então irão para o inferno (Ap 20.11-15).
       Na primeira ressurreição/arrebatamento o Senhor Jesus deixará o Seu trono e, vindo do céu (da casa do Pai), aparecerá nos ares (1 Ts 4.17). Ele não virá de maneira visível sobre a terra, mas permanecerá na atmosfera superior. Os espíritos/almas dos que dormiram nEle O acompanharão, como provavelmente também o arcanjo Miguel. Então serão ressuscitados primeiro os corpos dos que morreram em Cristo. Logo a seguir, os corpos dos que ainda estiverem vivos serão transformados. Então a Igreja será arrebatada coletivamente ao encontro do Senhor nos ares, entre nuvens, e Ele levará Sua noiva para a casa do Pai. A Igreja terá então deixado seu lugar na terra e João 14.1-6 estará cumprido. Tudo isso naturalmente acontecerá numa fração de segundos (comp. 1 Co 15.51-53).
Sétima certeza: Estar Para Sempre com o Senhor

"...e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.17-18).

       Esta garantia:
       "...estaremos para sempre com o Senhor", é um consolo eterno acima de tudo o que é passageiro neste mundo... A partir desse momento, nada mais estará sujeito à morte para qualquer filho de Deus. Todas as tristezas do passado, todas as misérias e tentações, todas as perguntas, tudo será esquecido e respondido por este fato: "...estaremos para sempre com o Senhor." "Estaremos para sempre com o Senhor" significa que a Igreja estará sempre onde Jesus estiver; ela participará de toda a Sua riqueza divina. Então se cumprirá o que está escrito em Tito 2.13:

"...aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus."  Tito 2.13

"Aguardando ansiosamente aquele tempo quando se verá a sua glória – a glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo" (A Bíblia Viva).

       Mas quem não tem Jesus cai num abismo insondável de desespero. Aquele que não tem Jesus perde a bendita e eterna esperança. Justamente nesta passagem da ressurreição e do arrebatamento, a Bíblia nos mostra que haverá pessoas que estarão dentro (1 Ts 4.16) e pessoas que estarão fora (v.12), que haverá pessoas cheias de esperança e pessoas sem esperança (v.13), pessoas que estarão para sempre com o Senhor e pessoas eternamente separadas dEle (v.17), pessoas consoladas e pessoas sem consolo (v.18). Aquele que não está em Cristo não tem nenhum relacionamento com Deus; tal pessoa está "fora", sem esperança, porque não tem lar. Uma pessoa sem Jesus ficará eternamente sem consolo e sem paz.
       Como você pode ganhar o direito de morar na casa do Pai celestial, adquirir a esperança de "estar para sempre com o Senhor" e transmitir esse consolo também para outros? Decidindo-se por Jesus Cristo e por Sua obra de salvação consumada na cruz – também por você. Se você aceitar isso pela fé, 1 Tessalonicenses 4.14-18 realmente se cumprirá também em sua vida. Por isso, decida-se totalmente por Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo! A Palavra do Deus Eterno lhe diz em Jó 11.13 e 18:

"Se dispuseres o coração e estenderes as mãos para Deus... Sentir-te-ás seguro, porque haverá esperança".  Jó 11.13 e 18


Autor:  Norbert Lieth
Extraído do livro: A Esperança do Arrebatamento.

On quarta-feira, 16 de junho de 2010 0 comentários

“E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. 20 ...Certamente cedo venho.” (Ap 22.12,20b ACF).


“Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo.” (Tt 2:13 ACF)


O encontro nos ares

Essas palavras, as últimas de Cristo que foram registradas por escrito, confirmam Sua promessa anterior:


“...virei outra vez, e o vos levarei para mim mesmo, para onde eu estiver estejais vós também” (Jo 14.3 ACF).


Paulo faz referência ao cumprimento dessa promessa:


“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. 17 Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” (1 Ts 4.16-17 ACF).


Como resposta a essas promessas de Cristo, “E o Espírito e a esposa dizem: Vem.” (Ap 22.17 ACF); ao que João adiciona, jubilante: “Amém. Ora vem, Senhor Jesus.” (Ap 22.20b ACF). Quem é essa esposa? Após declarar que esposo e esposa são “e serão dois numa carne”, Paulo explica:


“Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.” (Ef 5.32 ACF).


A qualquer momento

As palavras de Cristo, do mesmo modo como as de João, do Espírito e da Noiva, não fariam sentido se essa vinda para levar os crentes para Si mesmo tivesse que esperar a revelação do Anticristo (perspectiva pré-ira) ou a consumação da Grande Tribulação (perspectiva pós-tribulacionista). Uma vinda de Cristo “pós-qualquer coisa” para Sua Noiva simplesmente não se encaixa nessas palavras das Escrituras. Afirmar que a Grande Tribulação deve ocorrer primeiro, para que o Espírito e a Noiva digam: “Ora vem, Senhor Jesus”, é como exigir o pagamento de uma dívida que vai vencer somente em sete anos!

Um Arrebatamento “pós-qualquer coisa” vai contra várias passagens das Escrituras que demandam claramente a vinda de Cristo a qualquer momento (iminente). O próprio Jesus disse:


“Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas as vossas candeias. E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor” (Lc 12.35,36a ACF).


Esse mandamento seria ridículo se Cristo pudesse vir para o Arrebatamento apenas após os sete anos da Tribulação.

A vinda que a Noiva de Cristo tanto deseja levará à ressurreição dos mortos e à transformação dos corpos dos vivos. Isso fica bem claro não somente em 1 Tessalonicenses 4, mas também através de outras passagens:


“...de onde (os céus) também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu glorioso” (Fp 3.20-21 ACF).


Muitas outras passagens também incentivam os crentes a vigiar e esperar com intensa expectativa. Essas exortações somente fazem sentido se a possibilidade de Cristo levar Sua Noiva para o céu puder ocorrer a qualquer momento:


“...esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 1.7 ACF);


“...e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro, e esperar dos céus o Seu Filho...” (1 Ts 1.9-10a ACF);


“Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Tt 2.13 ACF);


“...aparecerá segunda vez ...aos que o esperam para a salvação” (Hb 9.28 ACF); “Sede, pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor” (Tg 5.7a ACF).


Diferentes opiniões sobre o Arrebatamento não afetam a salvação, mas deveríamos procurar entender o que a Bíblia diz. A Igreja primitiva estava claramente esperando o Senhor a qualquer momento. Estar vigiando e esperando por Cristo, se o Anticristo deve aparecer primeiro, é como esperar o Pentecoste antes da Páscoa. No entanto, Cristo exortou: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mt 25.13a ACF);


“Para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo. E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai.” (Mc 13.36-37 ACF).


A surpresa da Sua vinda

A seguinte afirmação de Jesus também não se encaixa numa vinda pós-tribulacionista:


“Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis” (Mt 24.44 ACF).


É absurdo imaginar que qualquer pessoa sobrevivente da Grande Tribulação, que tenha visto os eventos profetizados (as pragas e julgamentos derramados na terra; a imagem do Anticristo no Templo; a marca da besta imposta a todos que quiserem comprar e vender; as duas testemunhas testificando em Jerusalém, sendo mortas, ressuscitadas e levadas ao céu; Jerusalém cercada pelos exércitos do mundo, etc.), tendo contado os 1260 dias (3 anos e meio) de duração da segunda metade da Grande Tribulação (preditos em Apocalipse 11.2-3;12.14), poderia imaginar naquela hora que Cristo não estaria a ponto de retornar! Após todos esses acontecimentos, isso será por demais evidente. Portanto, simplesmente não há como reconciliar uma vinda de Cristo pós-tribulacionista com Seu aviso de que virá quando não estiver sendo esperado.

Distinção entre Arrebatamento e Segunda Vinda

Somente essa afirmação já distingue o Arrebatamento (a retirada da Igreja da terra para o céu) da Segunda Vinda (para resgatar Israel durante o Armagedom); pois este último acontecimento não vai surpreender quase ninguém. Contrastando com Seu aviso de que mesmo muitos na Igreja não O estarão esperando, as Escrituras anunciam outra vinda de Cristo quando todos os sinais já tiverem sido cumpridos e todos souberem que Ele está voltando. A um Israel descrente, Cristo declarou:


“Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas.” (Mt 24.33 ACF).


Até o Anticristo saberá:


“E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército.” (Ap 19.19 ACF).


Ou Cristo está se contradizendo (impossível!), ou Ele está falando de dois eventos. Jesus disse que virá num tempo de paz e prosperidade quando até Sua Noiva não estará esperando por Ele:


“Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do homem à hora que não imaginais.” (Lc 12.40 ACF).


Não somente as [virgens] néscias, mas até as sábias estarão dormindo:


“E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram.” (Mt 25.5 ACF).


No entanto, a Escritura diz que o Messias virá quando o mundo estiver quase destruído pela guerra, fome e os juízos de Deus, e quando Israel estiver quase derrotado. Então, Yahweh declara: “e olharão para mim, a quem traspassaram” (Zc 12.10b ACF), e todos os judeus vivos na terra reconhecerão seu Messias que retornará como “Deus forte, Pai da Eternidade” (Is 9.6 ACF): exatamente como os profetas previram, Ele veio como homem, morreu pelos seus pecados, e retornará, dessa vez para salvar Israel. Sobre esse momento culminante, Cristo declara: “Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo” (Mt 24.13 ACF). Paulo adiciona: “...todo o Israel [ainda vivo] será salvo”... (Rm 11.26 ACF).

Dois eventos distintos

Não podemos escapar ao fato de que duas vindas de Cristo ainda se darão no futuro: uma que surpreenderá até mesmo Sua Noiva e outra que não será uma surpresa para quase ninguém. As duas não podem ser o mesmo evento. Mas onde o Novo Testamento diz que ainda há duas vindas a serem cumpridas? Todo cristão crê em duas vindas de Cristo: Ele veio uma vez à terra, morreu pelos nossos pecados, ressuscitou dentre os mortos, retornou ao céu e voltará. Contudo, em nenhum lugar o Antigo Testamento diz que haveria duas vindas distintas.

Esse fato causou confusão para os rabinos, para os discípulos de Cristo e até para João Batista, que era “...e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre sua mãe” (Lc 1.15, 41,44 ACF), João tinha testificado que Jesus era “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (Jo 1.29 ACF). No entanto, este último dos profetas do Velho Testamento, de quem não havia ninguém maior “nascidos de mulheres” (Lc 7.28 ACF), começou a duvidar: “És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?” (Mt 11.3 ACF).

Somente uma vinda do Messias era esperada. Ele iria resgatar Israel e estabelecer Seu Reino sobre o trono de Davi em Jerusalém. Por essa razão os rabinos, os soldados e a multidão zombaram dEle na cruz (Mt 27.40-44; Mc 15.18-20; 29-32; Lc 23.35-37). Apesar de todos os milagres que Jesus tinha feito, os discípulos, da mesma forma, tomaram Sua crucificação como a prova conclusiva de que Ele não poderia ter sido o Messias. Os dois na estrada de Emaús disseram: “...nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel” (Lc 24.19-21 ACF) – mas agora Ele estava morto.

Cristo os repreendeu por não crerem “tudo o que os profetas disseram!” (Lc 24.25 ACF). Este era o problema comum: deixar de considerar todas as profecias. Israel tinha uma compreensão unilateral da vinda do Messias (e continua assim atualmente), que lhe permitia ver apenas Seu reino triunfante e o deixava cego para Seu sacrifício pelo pecado. Até mesmo muitos cristãos estão tão obcecados com pensamentos de “conquista” e “domínio” que imaginam ser responsabilidade da Igreja dominar o mundo e estabelecer o Reino de Deus, para que o Rei possa retornar à terra para reinar. Eles se esquecem da promessa que Ele fez à Sua Noiva de levá-la ao céu, de onde ela voltará com Ele para ajudá-lO a governar o mundo.

O Arrebatamento ocorrerá antes da Tribulação

Como poderia Cristo executar julgamento sobre a terra, vindo do céu “com milhares de seus santos (multidões de santos)” (Jd 14 ACF), se primeiro não as tivesse levado para o céu? Aqui temos outra razão para um Arrebatamento anterior à Tribulação. Incrivelmente, Michael Horton, em seu livro “Putting Amazing Back into Grace”, imagina que 1 Tessalonicenses 4.14 (“assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele”) refere-se à Segunda Vinda de Cristo “com os santos”. Ao contrário, na ocasião do Arrebatamento Jesus trará a alma e o espírito dos cristãos fisicamente mortos para serem reunidos com seus corpos na ressurreição, levando-os para o céu juntamente com os vivos transformados. Na Segunda Vinda Ele trará consigo de volta à terra os santos vivos, que já foram ressuscitados e previamente levados ao céu no Arrebatamento.

Antes da volta de Cristo com os Seus santos haverá a celebração das Bodas do Cordeiro com Sua Noiva (Ap 19.7). Tendo passado pelo Tribunal de Cristo (1 Co 3.12-15); (2 Co 5.10 ), os santos estarão vestidos de linho fino, branco e puro (Ap 19.8). Certamente eles devem ser também o exército vestido de linho fino, branco e puro (Ap 19.14) que virá com Cristo para destruir o Anticristo. Quando eles foram levados ao céu? É claro que isso não ocorrerá durante a própria Segunda Vinda, pois não haveria tempo suficiente nem para o Tribunal de Cristo, nem para as Bodas do Cordeiro. O Arrebatamento deve ter ocorrido anteriormente.

Aqueles que estão com seus pés plantados na terra, esperando encontrar um “Cristo”, esquecem que o verdadeiro Cristo virá nos buscar para nos encontrarmos com Ele nos ares e nos levará para a casa de Seu Pai. Eles se esquecem também que o Anticristo estabelecerá um reino terreno antes que o verdadeiro Rei volte para reinar. Infelizmente, os que se empenham em estabelecer um reino nesta terra estão preparando o mundo para o reino fraudulento do “homem do pecado”.

A Escritura registra duas vindas

Como alguém nos tempos do Velho Testamento poderia saber que haveria duas vindas do Messias? Somente por implicação. Ou os profetas se contradisseram quando profetizaram que o Messias seria rejeitado e crucificado e que Ele também seria proclamado Rei sobre o trono de Davi para sempre, ou eles falavam de duas vindas de Cristo.

Não há forma de colocar dentro de um só evento o que os profetas disseram. Simplesmente tem de haver duas vindas do Messias: primeiro como o Cordeiro de Deus, para morrer pelos nossos pecados, e depois como o Leão da Tribo de Judá (Os 5.14-15; Ap 5.5), em poder e glória para resgatar Israel no meio da batalha do Armagedom.

A mesma coisa acontece no Novo Testamento. Note as muitas contradições, a menos que estes sejam dois eventos:

1) Ele vem para Seus santos e numa hora que ninguém espera; mas vem com Seus santos quando todos souberem que Ele está vindo.

2) Ele não vem à terra mas arrebata os santos para se encontrarem com Ele nos ares (1 Ts 4.17); por outro lado, Ele vem à terra: “E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras” (Zc.14.4 ACF), e os santos vem à terra com Ele.

3) Ele leva os santos para o céu, para as muitas mansões na casa de Seu Pai, para estarem com Ele (Jo.14.3); mas traz os santos do céu (Zc 14.5, Jd 14).

4) Ele vem para Sua Noiva num tempo de paz e prosperidade, bons negócios e prazeres (Lc 17.26-30); mas volta para salvar Seu povo Israel quando o mundo já terá sido praticamente destruído, em meio ao pior conflito já visto na terra, a batalha do Armagedom.

Rebatendo as críticas ao Arrebatamento

Cristo declarou:


“E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam, e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos. Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar.” (Lc 17.26-30 ACF).


Essas condições mundiais por ocasião do Arrebatamento só podem se referir ao período anterior à Tribulação; certamente não ao final dela!

Arrebatamento? Há críticos afirmando que a palavra “Arrebatamento” nem está na Bíblia! Isso não é verdade, pois a versão latina da Bíblia (Vulgata), feita por Jerônimo no quinto século, traduziu o grego harpazo (arrancar subitamente) pela palavra raptus (raptar), da qual deriva “Arrebatamento”. Foi o que Cristo nos prometeu em João 14: levar-nos para o céu.

Outros críticos papagueiam o mito propagado por Dave MacPherson, de que o ensino do Arrebatamento antes da Tribulação apareceu apenas no início do século XIX através de Darby, que o teria aprendido de Margaret MacDonald. Ela o teria recebido de Edward Irving, e este, por sua vez, o teria encontrado nos escritos do jesuíta Emmanuel Lacunza. Isso simplesmente não é verdade. Muitos escritores anteriores expressaram a mesma convicção. Um deles foi Ephraem de Nisibis (306-373 d.C.), bem conhecido na história da igreja da Síria. Ele afirmou: “Todos os santos e eleitos de Deus serão reunidos antes da tribulação, que está por vir, e serão levados para o Senhor...” Seu sermão com essa afirmação teve ampla circulação popular em diferentes idiomas.

Sim, há uma vinda do Senhor após a Tribulação:


“E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.” (Mt 24.29-30).


A referência aos anjos “ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos” (vv. 29-31 ACF) certamente não significa Cristo arrebatando Sua Igreja para levá-la ao céu, pois trata-se do ajuntamento do Israel disperso, de volta à sua terra quando da Segunda Vinda.

Cristo associou o mal com o pensamento de que Sua vinda se atrasaria:


“Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá;” (Mt 24.48; Lc 12.45 ACF).


Novamente, essa afirmação não tem sentido se o Arrebatamento vem após a Tribulação.

Não existe motivo maior para uma vida santa e um evangelismo diligente do que saber que o Senhor poderia nos levar ao céu a qualquer momento. Que a Noiva acorde do seu sono, apaixone-se novamente pelo Noivo, e de coração diga continuamente por meio da sua vida diária: “Ora vem, Senhor Jesus. (Ap 22:20 ACF)”


Autor: Dave Hunt

On quarta-feira, 19 de maio de 2010 0 comentários


De onde veio e para onde vai essa igreja quase-centenária?

A Igreja Evangélica Assembleia de Deus, pioneira do Movimento Pentecostal no Brasil, completará 100 anos em 2011. Como assembleiano, sinto-me honrado por pertencer a essa instituição histórica que já teve em suas fileiras homens como Gunnar Vingren, Daniel Berg, Samuel Nyström, Orlando Boyer, Nels Nelson, Bernard Johnson, Lawrence Olson, Lewi Petrus, José Amaro da Silva, Eurico Bergstén, Cícero Canuto de Lima, Paulo Leivas Macalão, Alcebíades Vasconcelos, Estevam Ângelo de Souza, João Batista da Slva, José Leôncio da Silva, Rodrigo Santana, Isaac Martins, Alfredo Reikdal, Valdir Nunes Bícego e tantos outros.

Graças a Deus, ela ainda conta com homens piedosos, como José Wellington Bezerra da Costa, Antonio Gilberto da Silva, José Pimentel de Carvalho, Raimundo João de Santana, Sebastião Rodrigues de Souza, José Antonio dos Santos, Anselmo Silvestre, José Apolônio da Silva e outros pastores mais jovens, fiéis à Palavra do Senhor.

Às vésperas de seu centenário, no entanto, a Assembleia de Deus vem sofrendo na mão de alguns líderes, pregadores e cantores que não têm compromisso com a sã doutrina, os quais dão lugar a preferências pessoais, pontos de vista dissociados das Escrituras, experiências “transcendentais” e modismos injustificáveis. Tudo isso para atraírem multidões incautas e aumentarem receitas de igrejas ou patrimônios pessoais, ignorando textos como Mateus 7.13-23; 24.12; João 6.60-69; 2 Coríntios 2.17; 2 Timóteo 4.1-5 e 1 Timóteo 6.9,10.

A "NOVA GERAÇÃO"

Muitos líderes da chamada “nova geração”, sem visão espiritual e discernimento (Ap 3.17-19; Is 5.20; 1 Co 2.15), se deixam enganar por animadores de auditório, super-pregadores malabaristas e cantores famosos, celebridades que fazem muitas exigências. Por quê? Porque esses astros do mundo gospel conseguem juntar muita gente e, consequentemente, arrecadar boas ofertas... No final, todos ficam satisfeitos com os resultados (principalmente, financeiros). Menos o Senhor Jesus.

Em muitos congressos, pregadores (pregadores?) famosos se valem de técnicas de manipulação de massa para conseguirem o seu intento: conquistar o público, para depois “arrancar” dele a maior quantia em dinheiro vivo, cheques (muitos sem fundo, que geralmente ficam na igreja) e bens, como relógios, alianças, etc., que também costumam ficar na igreja... Técnicas como mandar o povo juntar as mãos, para as separarem apenas depois da ordem de super-pregadores (exibicionistas), têm sido usadas para supostamente demonstrar o poder de Deus. Mas isso nada tem que ver com o Evangelho. É produto da sugestão psicológica.

Outra estratégia usada por super-pregadores é derrubar pessoas e “anestesiá-las”, a fim de que recebam uma “cirurgia celestial”. Quando vários irmãos incautos estão deitados no chão, o pregador (pregador?) brada: “Agora vou tirar a anestesia por alguns instantes”. Isso basta para que várias pessoas comecem a gritar, deixando a plateia bastante eufórica. Sabe como se chama isso? Hipnose!

Nosso tempo tem sido marcado por imitações, más inovações (pois existem as boas inovações), misticismo e falsificações dentro das igrejas (At 20.27-30; 2 Pe 2.1,2; 1 Tm 6.3,4). Mas a Assembleia de Deus cresceu no Brasil seguindo ao modelo bíblico (2 Tm 1.13; Hb 8.5), e não a práticas místicas. Os pioneiros do Movimento Pentecostal foram fiéis à Palavra do Senhor (1 Pe 1.23,24) e puseram o fundamento (1 Co 3.10). Cabe a nós, que cremos na operação multíplice do Espírito Santo (1 Co 12.4-11), saber como devemos edificar.

O MODELO DO VERDADEIRO PENTECOSTES

O modelo para nós, hoje, continua no livro de Atos dos Apóstolos (ou melhor, Atos do Espírito Santo), especialmente no capítulo 2. Ali encontramos as características do verdadeiro Pentecostes, que gera crentes e igrejas genuinamente pentecostais. As aberrações que vemos em nossos dias se devem ao distanciamento do modelo bíblico-apostólico.

Em Atos 2.1-4, vemos que todos estavam reunidos. A palavra “todos” é inclusiva, o que denota unidade no Espírito Santo. Não havia lugar para discordâncias, contendas, divergências pessoais em torno das coisas de Deus; todos estavam ali, juntos, reunidos. Será que havia naquela igreja espaço para disputas desleais por posição, cargo, etc., como vemos em nossos dias, principalmente em convenções de ministros?

No dia de Pentecostes, veio do céu um som como de um vento (At 2.2). O que está ocorrendo atualmente nas igrejas vem mesmo do Alto? Reflitamos sobre a origem daquilo que ouvimos, vemos e sentimos (At 17.11). O verdadeiro revestimento de poder do Espírito vem de cima (Lc 24.49; At 11.15). A Palavra de Deus nos alerta quanto a “outro espírito” (2 Co 11.4), isto é, espíritos que se passam pelo verdadeiro Espírito de Deus (1 Jo 4.1).

O som que veio do Alto era como de um vento. Não houve vento natural, e sim algo semelhante a seus efeitos. O que isso representa? O vento tem as seguintes características: impulsiona; separa (Sl 1.4; Mt 3.12); movimenta; fertiliza (Cl 4.16; Jo 3.5,8); limpa; não tem cor (favoritismo, individualismo, discriminação); move-se continuamente (cf. Ec 1.6; Gn 1.2); espalha perfume; suaviza no calor; vivifica (Ez 37.8-10). Mas devemos ter cuidado com os ventos que não provêm do Espírito de Deus (Mt 7.25; Ef 4.14).

Línguas como que de fogo também foram repartidas (At 2.3). O verdadeiro Pentecostes tem algo para se ouvir, para se ver e para se repartir, mas “do Céu”. Textos como Atos 2.4; 10.44-46 e 11.15 evidenciam que as línguas estranhas são o sinal físico inicial do batismo com o Espírito Santo. Elas são apresentadas, também, como um dos dons espirituais (1 Co 12.10,30). É isso que evidencia o batismo no Espírito, e não “quedas de poder” ou risos intermináveis.

As línguas foram “como que de fogo”. O que isso significa? O fogo tem as seguintes características: alastra-se; comunica-se; purifica; ilumina; aquece. A Assembleia de Deus, bem como toda e qualquer igreja que deseja caminhar sob poder do Espírito, precisa desse fogo do Céu! Diante da manifestação do Espírito de Deus no dia de Pentecostes, muitos zombaram, dizendo: “Estão cheios de mosto” (At 2.13). Esses escarnecedores não eram pessoas ímpias, e sim religiosas. Hoje não acontece a mesma coisa? Há muitos zombadores e críticos religiosos. A Palavra de Deus afirma que, no último tempo, haveria escarnecedores (Jd v.18).

Entretanto, Pedro, cheio do Espírito Santo, pôs-se em pé e, além de dar uma resposta aos zombeteiros, pregou a Palavra de Deus (At 2.14-15). O verdadeiro Movimento Pentecostal é formado por crentes cheios do Espírito que ficam de pé para pregar o Evangelho, e não por aqueles que, dando lugar às suas emoções ou seguindo a modismos, caem ao chão para usufruir de “novas unções”...

Em muitos púlpitos (ou palcos?) não há mais espaço para a pregação expositiva. O tempo é ocupado por excesso de música, peças teatrais, coreografias... A Assembleia de Deus precisa olhar para os pioneiros (Jr 6.16) e se lembrar do temor que eles possuíam, do amor à Palavra e à oração, do desejo de evangelizar... Só assim o capítulo 29 de Atos do Espírito Santo continuará sendo escrito por essa igreja e outras, fiéis às Escrituras.

Ciro Sanches Zibordi